Não há células
intermediárias entre esses dois tipos de células. Acredita-se que as células
procarióticas por apresentarem uma organização mais simples em relação às células
eucarióticas, elas foram as primeiras que habitaram a Terra há 3,5 bilhões de
anos, no começo do período pré-cambriano. Nessa época a atmosfera provavelmente
continha vapor de água, amônia, metano, hidrogênio, sulfeto de hidrogênio e gás
carbônico. O oxigênio livre só apareceu depois, graças à atividade fotossintética
das células autotróficas.
Antes de
surgir a primeira célula teriam existido grandes massas líquidas, ricas em
substâncias de composição muito simples.
As células
procarióticas estão presentes em bactérias e cianobactérias, e as eucarióticas
estão presentes nos outros seres vivos, inclusive nos protozoários que são seres
unicelulares. É possível que uma delas (ou ambas) tenha sofrido modificações
evolutivas, mas que não foram conservadas nas células hoje conhecidas –
dificultando, certamente, o estudo de suas evoluções.
Acredita-se
que as primeiras células eucarióticas teriam surgido a partir das células
procarióticas, que passaram a desenvolver dobramentos da membrana plasmática,
tornando-se ainda maiores e complexas. Esses dobramentos teriam dado origem às
organelas citoplasmáticas e à carioteca, estrutura membranosa que delimita o
núcleo, onde se concentra o material genético da célula.
Lopes e Rosso
(2006), afirmam que dentre as organelas membranosas, apenas as mitocôndrias e
os cloroplastos, parecem ter origem diferentes. Essas organelas responsáveis
pela produção de energia das células animais e vegetais respectivamente, teriam
surgido de relações simbióticas – mutualismo, entre seres procariontes aeróbios
e eucariontes anaeróbios.
Há 3 teorias
para explicar o fato do aperfeiçoamento das células procariontes autotróficas
iniciais.
Teoria da Invaginação da Membrana Plasmática
Por mutação
genética, alguns procariontes teriam passado a sintetizar novos tipos de
proteínas, e isso levaria ao desenvolvimento de um complexo sistema de
membranas, que, invaginando-se da membrana plasmática, teria dado origem às
diversas organelas delimitadas por membranas. Assim teriam aparecido o retículo
endoplasmático, o aparelho de Golgi, os lisossomos e as mitocôndrias. Pelo
mesmo processo surgiria a membrana nuclear, principal característica das
células eucariontes.
Embora à
primeira vista este teoria pareça sólida, ela não tem apoio em fatos
conhecidos. É, ao contrário, de difícil aceitação, pois não existe célula
intermediária entre procarionte e eucarionte, nem se encontrou fóssil que
indicasse uma possível existência destes tipos intermediários.
Teoria da Simbiose de Procariontes
Segundo esta
teoria alguns procariontes passaram a viver no interior de outros, criando
células mais complexas e mais eficientes. Vários dados apoiam a suposição de
que as mitocôndrias e os cloroplastos surgiram por esse processo.
Demonstrou-se, por exemplo, que tais organelas contêm DNA, e que esse DNA
contém informação genética que se transmite de uma célula a outra, de um modo
comparável à informação contida no DNA dos cromossomas nucleares. Ainda mais,
ao menos no que se refere às mitocôndrias, demonstrou-se também que a molécula
de DNA é circular, como nas bactérias. Estas e outras observações nos levam à
conclusão de que mitocôndrias e cloroplastos de fato se originaram por
simbiose.
Teoria Mista
É possível que as organelas que não contêm DNA, como o retículo endoplasmático e o aparelho golgiense, tenham-se formado a partir de invaginações da membrana celular, enquanto as organelas com DNA (mitocôndrias, cloroplastos) apareceram por simbiose entre procariontes.
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